Inauguramos um novo mês a falar-lhe de alguém que não gosta de estar sob a luz dos holofotes. “Não gosto de ter as atenções todas viradas para mim. Prefiro trabalhar em background”, diz. Que não lhe fizemos a vontade, isso está à vista. O que não está à vista – mas estará em breve – é quem é esta pessoa marcante de que vimos falar neste artigo.
Se cada um de nós é um membro que faz o corpo-TETRAEPIK mover-se, ou um órgão que o faz funcionar, a Paula é certamente o coração. E quanta precisão será necessária para que o coração obedeça às palpitações certas e faça a TETRAEPIK acordar, todos os dias, cheia de energia e com vontade de agarrar novos projetos?
Vamos descobrir…
Nome completo: Paula da Silva Dias Lopes
Idade: 48
Local de nascimento: Hamburgo, Alemanha
Formação académica: Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, Variante Inglês/Alemão, Pós-Gradução em Tradução, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Estágio como tradutora no Parlamento Europeu no Luxemburgo
A aridez da vida dos seus pais, tal como a de tantos outros portugueses, fê-los voar para a Alemanha, país onde a Paula não só nasceu, como descobriu o mundo durante os seus primeiros 19 anos de vida.
A aterragem em Lisboa foi marcada por “um choque de culturas” e a língua assumiu um papel preponderante na vida da Paula. Descobrir o mundo foi, desde cedo, sinónimo de estudar línguas, ler livros e interpretar pessoas “para ter acesso a todas as informações que eu considerava importantes, para me integrar, para ser compreendida”.
Há uma aventura que a Paula recorda com especial emoção: o primeiro concerto do seu artista favorito, Bryan Adams, em Hamburgo. Até nos mais pequenos pormenores da sua vida a paixão pelas línguas esteve presente, uma vez que “com 15 anos andava com o dicionário a traduzir as letras das canções dele para perceber tudo!”.
Apesar de ser o órgão sentimental da empresa, no que à gramática diz respeito, é impiedosa. Tanto que lhe chamam “grammar nazi”. “Adoro gramática e gosto que se faça luz na escuridão das declinações e conjugações incorretas ou de outros erros gramaticais!” É sabido que o papel da Paula é o de partilhar: partilhar conhecimento, partilhar pensamentos e ideias, partilhar histórias engraçadas (habitualmente tendo a cadelinha Cookie e os gatinhos Fluffy e Speedy como personagens principais), partilhar mensagens de Skype carinhosas e inspiradoras com a sua equipa, porque “a palavra certa na altura certa consegue mover montanhas a nível pessoal, espiritual e profissional.”.
TETRAEPIK: – Diz-nos alguma coisa sem a qual não consegues passar o teu dia.
Paula: Sorrisos e risos. O humor é essencial. Rir de nós próprios, com a ajuda dos outros!
As línguas são um “work in progress”, “como são vivas, estão sempre a mudar, há sempre palavras novas, portanto estou sempre a aprender!” Para a Paula, é certo que o mesmo se passa com os seres humanos e as suas criações. Esta é uma certeza que a trouxe até à TETRAEPIK. Uma self-made woman, persistente como é e sem dar oportunidade à palavra “desistir”, desde a adolescência que almejou ter um projeto seu a nível profissional, projeto este que viu realizado aos 26 anos. É incapaz de “não ler um livro (ou ver um filme) até ao fim” e, seguindo-lhe o exemplo, aqui estamos todos empolgados para saber o que os próximos capítulos da história “TETRAEPIK” nos reservam.
TETRAEPIK: Como chegaste até à TETRAEPIK?
Paula: Parecia impossível, mas acreditámos. Éramos muito novos e faltavam-nos muitos conhecimentos em muitas áreas, mas fomos aprendendo à medida que foi necessário. Nunca nos negámos a nada: desde carregar secretárias, entrevistar pessoas, traduzir, rever, interpretar. Ainda fazemos o que é preciso quando é preciso. Costumo dizer que a TETRAEPIK foi o meu primeiro bebé. Tenho-o criado com muito amor, muita dedicação, muitas noites sem dormir, muito trabalho, muito sentido de responsabilidade, muitas férias furadas, muita dor de cabeça, mas, acima de tudo, muito orgulho.
A Paula, para além de sócia-gerente, é Operations Director e gere a equipa, controla dezenas de projetos com dezenas de deadlines diferentes e é formadora. “Não fujo aos desafios, embora às vezes fosse mais fácil fazê-lo”, diz. No seu dia-a-dia, tenta também trazer o carinho que sente pela sua língua materna a cada projeto que se propõe a fazer, seja numa tradução para um cliente que esteja do outro lado do globo, ou numa aula, muito embora nesta última seja sempre “mais profundo, por termos a pessoa à nossa frente”.
Avessa a conflitos e defensora acérrima da harmonia, acredita que tudo se constrói na base do respeito, da realização e de um ambiente onde cada funcionário se sinta bem. “A minha equipa é constituída por funcionários competentes, eficazes, bem formados, que, como se isso não bastasse, têm bom coração, trabalham bem em equipa e gostam do que fazem. Fazem parte de uma engrenagem bem oleada que trabalha para levar a TETRAEPIK para a frente”. Por esta razão, sente-se descansada e em paz. O orgulho que sente na sua equipa estende-se, indubitavelmente, aos restantes protagonistas do enredo: “Tenho a sorte de ter sócios que sabem fazer na perfeição o que eu não sei fazer bem”.
O seu lema dita que cada um de nós tem o dever de deixar este mundo um bocadinho melhor do que o encontrou quando nasceu. É por isso que a Paula nos enche, todos os dias, de boas energias que contagiam e de sorrisos rasgados que apaixonam. Acima de tudo, porque, como diz o seu filho, “nunca se sabe, mas sempre se sente”.